Mecânico fez inspeção antes de acidente com helicóptero em Jaraguá do Sul

Na sexta-feira, por volta das 9 horas, o mecânico Marcelo Moraes da Silva, 36, realizou um procedimento padrão antes de uma aeronave decolar. Ao saber que o helicóptero Esquilo B2 iria partir em alguns minutos rumo a Navegantes, ele fez a checagem visual de todos os equipamentos e motor da aeronave, em uma operação chamada de pre-voo. No dia anterior, na quinta-feira, mesmo sem o helicóptero ter sido usado, ele conta que também realizou uma inspeção geral no modelo.
Profissional da área de mecânica de helicóptero desde 1995, com estágios na Força Aérea Brasileira (FAB) e experiência de três anos de trabalho na fábrica Helibrás, empresa que fabricado modelo Esquilo, Silva ficou chocado com a notícia do acidente, que matou o amigo, o piloto Álvaro Pisetta Júnior, 39, o empresário e dono da aeronave, José Gilberto Menel, 62, e o pedreiro Erico Melchioreto, 48.
Silva avalia que as causas do acidente não estão relacionadas com falhas mecânicas.
— Estava tudo certo com a aeronave. Fiz todas as checagens corretas, drenei o tanque de combustível para saber se tinha água, e também fiz a inspeção pelo VEMD (painel que indica se há algum problema na aeronave). Não havia nenhum problema —, ressaltou.
Por isso, quando soube do acidente, ficou surpreso com a tragédia. Ao acompanhar as buscas e testemunhar o local onde ocorreu a batida da aeronave em um topo de morro, na comunidade de Ribeirão Alma, no interior de Jaraguá do Sul, Silva avaliou que a possível causa da queda teria sido ocasionadas por condições climáticas que podem ter prejudicado a visualização do piloto e facilitado para a colisão e posterior queda da aeronave. Havia neblina naquela região onde ocorreu o acidente.
O mecânico avalia que se o piloto tivesse percebido alguma falha no helicóptero, ele não teria seguido na rota, em direção ao morro, mas iria procurar uma área descampada da região para tentar um pouso de emergência. Silva passou informações do estado da aeronave aos peritos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) que trabalham para saber a causa do acidente. O mecânico não revelou detalhes porque é o trabalho é sigiloso.
Ele disse que a aeronave era nova, com apenas 98 horas de voo. Tinha sido comprada no começo do ano. Os equipamentos de apoio a navegação eram basicamente dois GPS, que são sistemas de localização via satélite. Segundo Silva, o helicóptero estava com todos os equipamentos de navegação em funcionamento.
— É um modelo de aeronave que opera nas regras de voo visual, conforme determina a regulamentação de tráfego aéreo. Não é equipado com caixa preta. Não sei o que pôde ter acontecido para ocorrer o acidente —, afirma.


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Fonte: Diario Catarinense

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